Soneto: O bastardo
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Ilustração de Jana Magalhães |
A dor do filho meu eu sinto agora,
ao relembrar a dor do meu rebento...
O mundo assim disperso e nunca atento
faz-me sentir a mesma dor de outrora...
Ramo de flor, tu foste só o invento
com que minha inocência foi embora
desejando até tudo morto a fora
porque vivo só resta se for vento...
Não dei pai nem família a este filho
que pelo mundo está, talvez, perdido
sem Deus, sem rumo, a caminhar sem trilho...
Filho meu, neste mundo retardado...
Filho meu – por mim nunca protegido...
Filho meu – tão querido... E tão bastardo...
Publicado em meu primeiro livro, o "Ensaio poético", editado em 2009.
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Tumblr: poetatuliorodrigues.tumblr
Amei, muito interessante seu blog.
ResponderExcluirSucesso! Abs
http://cristinadeutsch.blogspot.de
Cristina, muito obrigado!!!
ExcluirAdorei o seu blog também!!!
Sucesso!!!!