Soneto: Um menino
Há alguns anos, assisti ao documentário "Falcão: Meninos do tráfico", do MV Bill e do Celso Athayde, exibido pelo Fantástico. Lembro da grande repercussão que teve e da polêmica em torno dele. Logo após foi lançado o livro com os pormenores do documentário, mas só agora tive a oportunidade de ler. Neste livro há uma história de um adolescente (Falcão) que sonhava em ser palhaço. A história me emocionou e resolvi retratá-la em versos como segue:
Um menino a brincar num picadeiro
fazendo malabares, muita graça...
As crianças riem de tudo que ele faça
mesmo muito peralta e tão ligeiro.
Corre, anda, foge, finge estar na praça,
ele não para, pois é tão matreiro.
O que faz o menino mui penseiro
que o público de súbito lhe abraça?
O que se vê realmente é medonho,
mais difícil, mais vago, sem abraço,
sem carinho qualquer correspondido.
É difícil dizer que foi um sonho;
esse menino nunca foi palhaço,
esse menino sempre foi bandido!
Sigam-me no Twitter: @poetatulio
fazendo malabares, muita graça...
As crianças riem de tudo que ele faça
mesmo muito peralta e tão ligeiro.
Corre, anda, foge, finge estar na praça,
ele não para, pois é tão matreiro.
O que faz o menino mui penseiro
que o público de súbito lhe abraça?
O que se vê realmente é medonho,
mais difícil, mais vago, sem abraço,
sem carinho qualquer correspondido.
É difícil dizer que foi um sonho;
esse menino nunca foi palhaço,
esse menino sempre foi bandido!
Autor: Tulio Rodrigues.
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